Todo este conjunto faz com que o idoso se torne alvo fácil de quedas. Quedas, associadas à fraqueza óssea (Osteoporose), fazem com que o idoso corra o risco do que conhecemos como Fraturas de Fragilidade: Punho, Quadril e Ombro. Fraturas do quadril estão diretamente relacionadas ao prognóstico do idoso, de forma que, em casos de fratura do colo do fêmur, há mortalidade de 50% em 1 ano!

A prevenção é, assim, o melhor remédio, e aqui vão algumas dicas:

1.Iluminação: abuse de pequenos apetrechos de iluminação, como abajures presos à parede, luzes de companhia, ou até mesmo disparadores fotoelétricos. Idosos têm o costume de levantar muito à noite para urinar, mas têm “preguiça” de acender as lâmpadas, o que contribui muito para acidentes.

2.Tapetes e móveis: tapetes podem escorregar, e móveis como mesas de centro, por mais aconchegantes que sejam, tornam-se obstáculos aos idosos, que têm reflexos fragilizados e não conseguem desviar com tanta facilidade. Evite qualquer coisa que possa obstruir o caminho.

3.Corrimãos: corrimãos, tanto em rampas, quanto em escadas e locais como corredores e banheiros, ajudam os idosos, pois lhes dão um apoio extra para conseguir subir ou descer, caminhar, sentar e levantar.

4.Piso: evite ao máximo pisos escorregadios. Se não for factível trocar o piso, uma opção é utilizar adesivos antiderrapantes nas áreas de maior perigo.

5.Elevador de assento: idosos apresentam fraqueza na musculatura dos membros inferiores, sendo difícil sentar e levantar de assentos baixos. Isso vale para todos os móveis, mas, especialmente, o banheiro, onde o risco de queda de idosos ao se levantarem do vaso sanitário é bastante alto.

6.Rampas: rampas diminuem muito o risco de quedas, por serem mais fáceis de se utilizar do que escadas, que dependem muito da força muscular, de equilíbrio e coordenação.

7.Bengala, muletas e andadores: estes apetrechos aumentam o apoio do idoso e a sua base para caminhar. Apesar do estigma de que muitos deles reclamam, a bengala é uma companheira fiel para evitar quedas e, inclusive, a dor provocada pela artrose dos quadris ou joelhos.

8.Fortalecimento muscular: é essencial que o idoso combata a sarcopenia, ou seja, a perda muscular. O fortalecimento da musculatura, não só das pernas, mas também dos braços, para que consigam se segurar em corrimãos ou outros locais, ou se protegerem durante a queda, é essencial para evitar acidentes.

9.Evitar a hipotensão postural: idosos têm dificuldade de corrigir a pressão arterial ao se levantarem, depois de muito tempo sentados ou deitados. Isso se chama hipotensão postural. Uma forma de evitá-la é primeiro sentar na cama e esperar alguns instantes (às vezes, até mesmo minutos) antes de ficar em pé, e solicitar a ajuda de cuidadores, apoios ou corrimãos, para ter como se sustentar, caso apresente tontura ou até mesmo desmaios.

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Já ouviu falar do Cranberry? É uma frutinha que não é muito comum no Brasil, mas é muito conhecida no exterior. Vermelha e ácida, a sua versão seca é muito agradável de se comer, até mesmo de lanche, com outras frutas secas, pois quebra o doce. Porém, tem-se observado uma função inesperada para esta fruta: ela previne infecções do trato urinário.

Surpreendente, não?

A Cranberry atua no trato urinário de forma a prevenir a adesão das bactérias e, assim, a infecção urinária. Uma metanálise do Journal of Urology, publicada este ano (2017), mostra que Cranberry tem eficácia, sim, com significância estatística, na prevenção de infecção urinária, especialmente em pacientes com infecções de repetição. Segue o DOI para poderem ler o artigo: 10.1016/j.juro.2017.03.078

Esta é a experiência que temos na New Heaven. Ao longo dos anos, tratamos muitos pacientes com infecção urinária de repetição com cápsulas de Cranberry, com excelentes resultados. A frequência de infecções diminui consideravelmente e, consequentemente, a necessidade do uso de antibióticos, internações hospitalares e complicações.

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Ômega 3 é um ácido graxo presente naturalmente em peixes de água fria, como o salmão, e nas últimas décadas caiu na graça de todos por apresentar uma suposta função benéfica em praticamente tudo para o corpo, até, quem sabe, por que não?, qualidade óssea.

Tudo o que é indicado como panaceia deve ser visto com ressalva. Tenha em mente que sempre na história surge algo que promete resolver todos os seus problemas e, na realidade, não é tão bom assim. Lembra-se da Goji Berry para o tratamento do câncer?

Ômega 3 é mais um dos que entram neste quadro. Embora possa ser interessante do ponto de vista cardiovascular, do ponto de vista ósseo, os estudos mostram que ele não apresenta nenhuma melhora na qualidade ou densidade mineral óssea.

Portanto: se você está preocupado com a saúde dos seus ossos, foque no tradicional: atividade física; dieta balanceada; cálcio e vitamina D. E não acredite em tudo que lê.

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Todo este processo é lento, progressivo e muito doloroso. Não existe um tratamento que possa reconstruir a articulação. As únicas formas de tratamento são: prevenir a progressão da doença e realizar cirurgias reconstrutivas, como próteses.

Como o melhor tratamento é a prevenção, seguem abaixo dicas para evitar a artrose:

1. Pratique atividades físicas: de intensidade leve a moderada. Vale qualquer uma – caminhada, bicicleta, hidroginástica, artes marciais, pilates…

2. Faça musculação: além da atividade aeróbica, o fortalecimento da musculatura dos membros inferiores, por exemplo, tira a carga dos joelhos e a transfere para os músculos, o que poupa a articulação.

3.Perca peso: a articulação funciona como um carro. Quanto mais pesado ele estiver, mais rápido ele vai gastar. E, mesmo que a artrose já esteja instalada, perda de 5 a 10% do peso corporal já tem um impacto muito significativo na melhora da dor.

4.Tome cuidado com os movimentos cotidianos e na academia: certos movimentos, quando realizados de forma errada e repetidos muitas vezes, vão progressivamente estragando a cartilagem, em especial das patelas, o que causa a condromalácia patelar, um precursor da artrose.

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Para compreender a resposta a esta pergunta, primeiro é importante ter alguns conceitos:

1.Artrose: é uma doença degenerativa das articulações, que ocorre pela perda da cartilagem e provoca dor crônica.

2.Osteoporose: é uma doença que provoca fragilidade óssea, mas não causa dor.

O cálcio é muito importante para manter os ossos fortes e saudáveis. Por outro lado, o que mantém a qualidade das articulações é uma combinação de coisas: boa qualidade do colágeno, controle do excesso de peso, musculatura forte, atividades físicas moderadas (nem sedentarismo, nem esporte de alta performance).

Como a cartilagem e o líquido sinovial das articulações são compostos de colágeno, ácido hialurônico e glicosaminoglicanos, são estes componentes que ajudarão na saúde articular, mas não o cálcio, que está presente nos ossos, mas não na articulação.

Sendo assim, não adianta tomar cálcio para prevenir artrose.

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Seguem aqui algumas dicas para manter seus ossos sempre fortes:

1.Consuma muito cálcio: presente nos lacticínios e verduras verdes escuras.

2.Tome sol: para transformar a vitamina D em sua forma ativa.

3.Consuma vitamina D: presente no queijo, oleaginosas e peixes.

4.Faça exercícios físicos: em especial musculação e exercícios de impacto, que promovem estresse nos ossos e seu fortalecimento.

5.Evite bebidas com cafeína: pois ela inibe a absorção de cálcio. Evite, ao menos, que tomar cafeína na mesma refeições que os laticínios.

6.Evite o tabagismo: pois, além de atrapalhar o metabolismo ósseo, ele ainda faz mal para todos os órgãos do corpo.

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1.Esquece fatos recentes: não necessariamente esquecer onde pôs a chave do carro, pois isso pode ocorrer com pessoas jovens, porém distraídas. No entanto, esquecer o que fez no dia anterior, o que estava fazendo e coisas do tipo chamam a atenção.

2.Esquece palavras: sabe quando, em vez de falar o nome correto do objeto, a pessoa começa a usar alternativas? “Aquela coisa para escrever”, em vez de “caneta”, ou “aquele negócio lá…”. Isto pode ser outro indicativo de um quadro demencial.

3.Apresenta alterações de comportamentos: algumas síndromes demenciais começam principalmente com perda de controle emocional. É aquele idoso que foi comedido a vida inteira e de repente começa a xingar e fazer comentários inapropriados.

4.Perde a capacidade de realizar atividades complexas que fazia antes: a demência em pacientes com alto nível educacional é de difícil diagnóstico, pois, muitas vezes, diversas funções complexas são perdidas, antes de atingir atividades do dia a dia. Por exemplo, um matemático perde a capacidade de realizar cálculos logarítmicos de cabeça, mas ainda consegue fazer as somas usuais do dia a dia, que todos fazemos.  E o mais difícil é que eles geralmente conseguem nos enganar por muitos anos, até a manifestação da doença se tornar inevitável.

5.Perde o asseio: com a progressão da doença, a pessoa pode apresentar certa displicência com relação aos cuidados de higiene. Um idoso que antes era sempre limpo, perfumado e arrumado, aos poucos vai se tornando sujo, despenteado, com falhas no barbear… Este é outro indicativo de que algo está errado.

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Atendi uma paciente idosa esta semana com uma densitometria óssea normal, o que quer dizer que ela não tem osteoporose.

“Não preciso tomar cálcio, doutor?”
“Não, o seu osso é forte!”
“Mas não precisa para prevenir?”

Em 2014, saiu uma regulamentação da Anvisa de que não se deve prescrever cálcio como suplemento (como tratamento, ok), pois se observou em estudos que o cálcio se deposita em artérias e aumenta o risco cardiovascular. Desta forma, no SUS, o cálcio só é liberado para determinados casos – como, por exemplo, osteoporose.

O cálcio é especialmente importante durante o crescimento da criança, para a formação dos ossos. Mas não é necessário suplementar nesta fase, a não ser em casos específicos, pois ele pode ser facilmente obtido com a ingestão de laticínios (que brasileiros adoram) e verduras verdes escuras.

Na fase adulta, a necessidade diária de cálcio diminui, e só aumenta na gestação. Após a menopausa, ocorre uma perda de depósito de cálcio nos ossos pelas alterações hormonais, como baixo estrogênio. No entanto, se a mulher teve uma boa ingestão durante a infância e uma boa suplementação nas gestações, associada a outros fatores genéticos, IMC e a atividade física, não obrigatoriamente vai desenvolver osteoporose.

Sendo assim, mesmo mulheres que já estejam na menopausa não precisam tomar suplementos de cálcio. Homens, menos ainda, pois osteoporose é muito rara neles.

É importante lembrar, porém, que uma combinação queridinha brasileira, o café com leite, inibe a absorção de cálcio por causa da cafeína. Portanto: não se deve ingerir laticínios e café na mesma refeição.

Resumindo: cálcio, só quando prescrito pelo médico.

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A principal função da vitamina D no organismo é manter o equilíbrio do cálcio e do fósforo, dois elementos essenciais para a formação óssea.

Sua transformação em uma vitamina ativa depende de diversas fases: sua transformação na pele pela luz solar, sua absorção pelo trato gastrointestinal, sua hidroxilação no fígado e nos rins. Isso por si só já demonstra potenciais problemas: a pessoa pode ter falta de vitamina D por não ingerir, não tomar sol, ter problemas de fígado ou rins.

Sendo assim, alguns grupos de risco devem usar suplementação:

1. Crianças de 0 a 12 meses.
2. Gestantes.
3. Maiores de 1 ano de idade com algum fator de risco que possa levar à falta de vitamina D.

Em idosos, existe uma doença semelhante ao raquitismo, que se chama Osteomalácia. Ela causa dor óssea difusa e é diagnosticada pelos sintomas, alterações radiográficas e de exames de sangue.

A vitamina D só é usada para idosos para o tratamento de osteomalácia, ou em conjunto com cálcio e bisfosfonatos no tratamento de osteoporose.

Vitamina D em excesso pode causar sérias complicações pelo excesso de cálcio, como tetania e falha cardiovascular, ambas podendo levar à morte. Por isso, não se deve usar sem indicação!

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Dica 1:
Pergunte qual a frequência da visita médica: a visita médica deve ser, no mínimo, semanal. Preste atenção para que não haja no contrato cobrança para visitas médicas extras, no caso de intercorrências.

Dica 2:
Saiba se o residencial impõe horários de visitas. Colocar horários de visitas é uma prática comum visando a continuidade dos cuidados a todos os moradores. Mesmo assim, horários muito inflexíveis podem esconder “maquiagens” nos cuidados aos residentes.

Dica 3:
Especule sobre as taxas de úlceras de decúbito dos acamados e como as feridas são tratadas. A presença de úlceras de decúbito são lesões de pele que ocorrem quando a pessoa permanece muito tempo deitada na mesma posição. São uma indicação direta da qualidade do cuidado com o hóspede acamado.

Dica 4:
Questione sobre aluguéis e taxas extras: muitas cobranças extras podem ser feitas, caso o pacote básico não os contemple. São custos que vão desde a simples marcação de consultas e exames, até ao aluguel de cama hospitalar ou energia para o uso de ventilador o que pode elevar a conta de forma inesperada.

Dica 5:
Confira itens de segurança anti-queda: pisos que não escorregam, faixas de contenção e orientação, corrimãos, assentos de vaso sanitário elevados, boa iluminação, luzes de emergência e rampas são itens que não podem faltar para a segurança dos idosos.

Dica 6:
Verifique se existe disponibilidade de recursos para remoção: incluindo desde ambulância, até cuidadores que possam acompanhar o hóspede no caso de emergências.

Dica 7:
Cheque se existe uma taxa de progressão de gravidade: alguns residenciais aumentam o valor da mensalidade, conforme a gravidade do quadro de saúde do hóspede aumenta.

Dica 8:
Confirme a capacidade de cuidados com ostomias: alguns residenciais não aceitam hóspedes complexos, como portadores de sondas nasoenterais, gastrostomias, colostomias ou cistostomias. É sempre importante se certificar de que estão capacitados a este tratamento!

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