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27 de agosto de 2018Muito difundido por “fortalecer os ossos”, cálcio pode se depositar nas artérias e aumentar o risco cardiovascular.
Atendi uma paciente idosa esta semana com uma densitometria óssea normal, o que quer dizer que ela não tem osteoporose.
“Não preciso tomar cálcio, doutor?”
“Não, o seu osso é forte!”
“Mas não precisa para prevenir?”
Em 2014, saiu uma regulamentação da Anvisa de que não se deve prescrever cálcio como suplemento (como tratamento, ok), pois se observou em estudos que o cálcio se deposita em artérias e aumenta o risco cardiovascular. Desta forma, no SUS, o cálcio só é liberado para determinados casos – como, por exemplo, osteoporose.
O cálcio é especialmente importante durante o crescimento da criança, para a formação dos ossos. Mas não é necessário suplementar nesta fase, a não ser em casos específicos, pois ele pode ser facilmente obtido com a ingestão de laticínios (que brasileiros adoram) e verduras verdes escuras.
Na fase adulta, a necessidade diária de cálcio diminui, e só aumenta na gestação. Após a menopausa, ocorre uma perda de depósito de cálcio nos ossos pelas alterações hormonais, como baixo estrogênio. No entanto, se a mulher teve uma boa ingestão durante a infância e uma boa suplementação nas gestações, associada a outros fatores genéticos, IMC e a atividade física, não obrigatoriamente vai desenvolver osteoporose.
Sendo assim, mesmo mulheres que já estejam na menopausa não precisam tomar suplementos de cálcio. Homens, menos ainda, pois osteoporose é muito rara neles.
É importante lembrar, porém, que uma combinação queridinha brasileira, o café com leite, inibe a absorção de cálcio por causa da cafeína. Portanto: não se deve ingerir laticínios e café na mesma refeição.
Resumindo: cálcio, só quando prescrito pelo médico.
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